Fisioterapia e o Autismo Infantil




Ao se falar sobre tratamentos em crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é comum que inicialmente muitos pais e responsáveis desconheçam o trabalho do fisioterapeuta para a evolução do quadro clínico dessas crianças e a importância, para o desenvolvimento físico dos pequenos, do profissional estar inserido na equipe multidisciplinar desde os primeiros diagnósticos.

Porém, quem deve ser o responsável em manejar as deficiências motoras desta população é o fisioterapeuta.


Habilidades motoras brutas: as habilidades motoras brutas são definidas como capacidade de realizar movimentos usando os membros superiores e inferiores (braços, pernas, tronco e pés).

As crianças com autismo, em média, apresentam um atraso nesta área de desenvolvimento de em média seis meses, em relação àquelas chamadas "neurotípicas", ou seja, que estão fora do espectro.

Tônus Muscular: no caso do tônus muscular, que responde pela flexibilidade do corpo, as crianças com autismo costumam ser mais enrijecidas, o que pode se tornar um obstáculo para a realização de movimentos, o que pode ocasionar em problemas de equilíbrio e quedas frequentes.

Marcha: já no que diz respeito à marcha, ou seja, a maneira como caminhamos, a criança com TEA pode apresentar um padrão diferenciado e andarem na ponta dos pés. Normalmente, este distúrbio começa com uma idade média entre 18 e 24 meses de vida, quando costumam a aprender a andar. Mas, qual pode ser o problema em apresentar esse tipo de marcha? Caminhar na ponta dos pés pode diminuir a resistência física, causar dores e calos, fraqueza muscular nas pernas, entre outros.

Planejamento motor: Outro ponto que pode ser considerado nevrálgico para uma criança com TEA diz respeito ao planejamento de motor, que consiste na capacidade do cérebro em entender uma ação motora, descobrir como fazê-la e dar ordem aos músculos e as partes do corpo corretas a executarem essa atividade.

Para quem está no espectro, uma simples tarefa de se movimentar de um lado para o outro de uma sala, por exemplo, pode ser desafiadora, devido à dificuldade de idealizar e executar este plano motor. A intervenção deste profissional deve ser projetada para atender às especificidades de cada pessoa com TEA, organizando o tratamento de maneira a estimular a reduzir a ansiedade do indivíduo e encorajá-lo, facilitando o aprendizado motor. No caso de restrições motoras grossas, os fisioterapeutas poderão desenvolver exercícios como jogos funcionais, que possibilitem a criança aprender padrões de movimento dos membros, de forma a contribuir com o equilíbrio e a coordenação.

Se o problema é com a marcha, por exemplo, os fisioterapeutas podem contribuir ensinando a criança a alongar os músculos encurtados ou a fortalecer os mais fracos enquanto trabalham na biomecânica geral da marcha – ou seja, na readequação do padrão do andar. Exercícios de força podem auxiliar no que cabe à melhora no tônus muscular.

O planejamento motor também é uma área que pode ser aprimorada com treinamento específico e definição de metas com os pais e a criança.

Os fisioterapeutas têm experiência em avaliar habilidades motoras e atividades que envolvam força, coordenação, equilíbrio, controle respiratório, postura e marcha. Eles se concentram em desenvolver a capacidade de uma criança para que ela possa participar de ações diárias e rotineiras, como sentar e andar ou habilidades complexas, como chutar, jogar, pegar.

Quando não desenvolvidas, as competências motoras em crianças com TEA podem afetar a oportunidade de interações sociais e oportunidades de aprendizado. A fisioterapia poderá contribuir para que isso não ocorra.

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