Fisioterapia na Pediatria com atividades lúdicas
O desenvolvimento na infância é global e complexo, já que envolve tanto os aspectos como crescimento, maturação neuromotora e do sistema pulmonar, quanto à aprendizagem, aquisições motoras, linguagem e variáveis psicossociais
A fisioterapia em pediatria consiste em avaliar, planejar e desenvolver um programa de intervenção individualizado. A avaliação envolve os seguintes aspectos: limitações ou alterações, habilidades/ funcionalidade, motivação e queixas, o que permite a elaboração do programa de intervenção considerando as necessidades da criança e da família.
É necessário que o profissional leve em consideração as necessidades de cada paciente. São avaliados aspectos como a patologia, a idade da criança, as limitações apresentadas, fase de desenvolvimento em que a criança se apresenta. Dentre os objetivos, encontram-se os seguintes aspectos: normalizar o tônus muscular através de técnicas de inibição reflexa, melhorando a flexibilidade, a força muscular e a capacidade motora para a funcionalidade da criança; melhorar capacidade e a qualidade ventilatória afim de tratar e prevenir patologias, utilizar técnicas de higiene brônquica e expansibilidade pulmonar; a estimulação precoce tem sido importante para que o desenvolvimento da criança se dê por completo, minimizando possíveis limitações motoras e respiratórias que o mesmo pode vir a desenvolver.
A abordagem pediátrica humanizada na fisioterapia, em que o profissional considere o paciente como ser distinto e pessoal é importante; além de levar em consideração o aspecto lúdico, por exemplo, ao utilizar de ambientes alegres, recursos musicais e visuais atraentes, permitir a habituação ao local de terapia; e a afetividade ao ser carinhoso, pegar no colo, conversar, acalmar e sorrir.
Associar a brincadeira na fisioterapia torna os atendimentos mais toleráveis e prazerosos, facilitando a interação da criança com o terapeuta, uma vez que o brincar, faz parte da infância . Somado a isso, é por meio da brincadeira e interação social que a criança progressivamente irá desenvolver as habilidades motoras, cognitivas, comportamento emocional e moral, que continuarão no decorrer da vida . Dentre os facilitadores e mediadores do tratamento, ao considerar a população pediátrica, sabe-se que "o brincar e o brinquedo" são os mais eficazes do ponto de vista motivacional, já que esses são reconhecidamente importantes e habituais na infância.
O instrumento lúdico não deveria ser usado como forma de subordinação ou recompensa para criança na terapia, pois os jogos e/ou brincadeiras, quando, apropriadamente, utilizados e guiados pelo fisioterapeuta, contextualizam e favorecem comportamentos motores desejados em terapia, sendo fundamentais para a aprendizagem motora.
Em relação aos recursos lúdicos criados para terapia em crianças com afecções respiratórias, poderíamos usar o soprar bola de sabão; apito; fazer bolhas com canudinho na água; soprar bolinhas de isopor, cata-vento, pena, folha de papel, língua de sogra; simular o soprar vela de bolo de aniversário; promovendo desobstrução pulmonar e higiene brônquica. Além disso, estabelecer o vínculo terapeuta-paciente, a integração da criança à terapia e tornar os exercícios mais toleráveis e atrativos, contribui para melhor aderência e potencializa o efeito terapêutico desejado.
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