Fisioterapia na Paralisia Cerebral








Olá, eu sou a Dani e esse texto fala sobre Fisioterapia na Paralisia Cerebral. Antes de começar a lê-lo, conheça nosso canal do Youtube: clicando aqui. Agora, vamos à leitura!




O termo paralisia cerebral (PC) é denominada como sequela de caráter não-progressivo, que acomete o sistema nervoso central imaturo e em desenvolvimento, ocasionando desordens do desenvolvimento motor e alterações músculo-esqueléticas secundárias, consequentemente dificuldade na execução dos movimentos, é de caráter permanente e mutáveis.

Crianças com PC podem desenvolver fraqueza muscular, dificuldade no controle entre os músculos agonistas/antagonistas, restrição da amplitude de movimento, alterações de tônus e de sensibilidade, apresentam alterações biomecânicas que levam a assimetria, alterações de descarga de peso e equilíbrio e, consequentemente, utilizam estratégias compensatórias para realizar suas funções, gerando desordens de postura e movimento.


O comprometimento neuromotor dessa doença pode envolver partes distintas do corpo, resultando em classificações topográficas específicas (tetraplegia, hemiplegia e diplegia).



Outro tipo de classificação é a baseada nas alterações clínicas do tônus muscular e no tipo de desordem do movimento (espástico, hipotônico, discinética, atáxica e misto).

·     ESPÁSTICO:
Quando a lesão está localizada no córtex e vias córtico-espinhais, o tônus muscular é aumentado, isto é, os músculos são rígidos e tensos e os reflexos tendinosos são exacerbados. Apresenta características de hiperreflexia, fraqueza muscular, clônus, padrões motores anormais e diminuição da destreza. Geralmente essas crianças apresentam-se com flexão dos membros superiores e adução dos membros inferiores. Esta condição é chamada de paralisia cerebral espástica, que é a mais comum.


·   HIPOTÔNICO:
A forma hipotônica encontra-se em crianças com tônus baixo, gerando flacidez, tendo como conseqüência articulações frouxas, músculos mal definidos, hipermobilidade articular, menos força e resistência. Hipotonicidade é um tipo de paralisia cerebral com lesões extensas do SNC que pode também mascarar condições degenerativas. Normalmente esta forma de paralisia cerebral é um padrão transitório, que pode se transformar em uma das outras formas posteriormente, como por exemplo atetose.


·   DISCINÉTICA:
Lesão dos núcleos da base. A criança apresenta movimentos involuntários, ou seja, pela perda da "modulação" do movimento. O movimento ativo é parasitado por movimentos anormais proximais (coréia), distais (atetose) ou amplos e fixos, levando a posturas bizarras (distonia).

·   ATAXIA:
A paralisia cerebral atáxica está relacionada com lesões cerebelares ou das vias cerebelares. Como a função principal do cerebelo é controlar o equilíbrio e coordenar os movimentos, as crianças com lesão cerebelar apresentam ataxia, ou seja, marcha cambaleante por causa da deficiência de equilíbrio, e apresentam, ainda incoordenação dos movimentos com incapacidade para realizar movimentos alternados rápidos e dificuldade para atingir um alvo. 

 
·   MISTA: 
Alterações concomitantes dos sistemas piramidal, extra-piramidal e cerebelar, gerando tipos associados de alteração do movimento ( por exemplo, espástico e atetóide).

O fisioterapeuta usa abordagens diferentes para satisfazer as necessidades únicas de cada criança. A maior parte dos fisioterapeutas têm obtido melhor resultado quando trabalha com as crianças no contexto do seu dia dia, indo à casa da criança, à escola, aos locais comunitários, para proporcionar apoio à criança, aos pais, professores.

  A intervenção fisioterapêutica precoce foi de grande importância, o paciente começou a receber atendimento fisioterapêutico aos 6 meses de idade período o qual obtinha diagnóstico de quadriplegia espástica, atualmente diplegia, a intervenção precoce possibilitam resultados satisfatórios relacionados a neuroplasticidade cerebral, quanto mais precocemente se age no sentido de proteger ou estimular o SNC, melhor será a sua resposta (BORELLA, SACCHELLI, 2009).

    Os objetivos traçados ao paciente foram promover melhora da Amplitude de movimento (ADM), dissociação de cinturas escapular e pélvica, adequação de tônus, melhora da reação de proteção, mobilidade pélvica e prevenir contraturas e deformidades.

    As condutas realizadas partiram do princípio do método Bobath para que os objetivos propostos fossem alcançados, entre elas estavam alongamento de isquiotibiais, adutores de quadril e tríceps sural, exercícios de extensão pélvica, exercícios de mobilização de cinturas escapular e pélvica, transferências de posturas neuroevolutivas associado a habilidades funcionais e exercícios de reação protetora, em grande parte da terapia foi utilizado recursos lúdicos para aumentar o interesse em realizar determinados exercícios.

A mobilização passiva de cinturas escapular e pélvica eram realizadas no rolo, tanto em decúbito ventral, como sentado em "cavalo". A mobilização refere-se aos movimentos acessórios passivos que visam à recuperação da artrocinemática entre as superfícies articulares. O seu restabelecimento promove a congruência articular, diminui o atrito mecânico na articulação, melhora a dor, edema e, conseqüentemente, a função do segmento corporal comprometido.




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