Fisioterapia aquática e o tratamento de crianças
Há diversas 'técnicas fisioterapêuticas' para reabilitação de pacientes com Encefalopatia Crônica não Progressiva da Infância (ECNPI), mais conhecida como Paralisia Cerebral (PC). E estas 'técnicas' devem estar focadas em estimular o potencial de cada criança, com o objetivo de permitir a maior independência possível, buscando também o desenvolvimento das habilidades motoras, dos cuidados pessoais, do brincar e da inserção social.
A paralisia cerebral é definida como uma desordem do movimento e da postura devido a uma lesão no cérebro imaturo. O desenvolvimento do cérebro tem início logo após a concepção e continua após o nascimento. Ocorrendo qualquer fator agressivo no tecido cerebral antes, durante ou após o parto, as áreas mais atingidas terão a função prejudicada e, dependendo da importância da agressão, certas alterações serão permanentes caracterizando uma lesão não progressiva. Dentre os fatores pré-natais, estão as infecções maternas (rubéola, toxoplasmose), eclampsia, transtornos tóxicos e fatores físicos, como a exposição ao raio-X. Já os perinatais abrangem a prematuridade, baixo peso ao nascimento, icterícia grave, anóxia, circular de cordão umbilical, parto prolongado. Os fatores pós-natais podem ser meningecefalites, traumatismos crânio-encefálicos, processos vasculares, entre outros.
A fisioterapia aquática é uma dessas 'técnicas'. Mais conhecida como hidroterapia, utiliza as propriedades físicas da água para facilitar ou resistir determinados movimentos, além de estabilizar ou não o paciente em imersão. A prática deve ser realizada por um fisioterapeuta especializado, e tem como principal objetivo a aquisição da mobilidade e da funcionalidade de acordo com as capacidades físicas e cognitivas do paciente. A fisioterapia aquática proporciona um meio lúdico, prazeroso e capaz de oferecer ao paciente experiências que, em alguns casos não são possíveis no solo como rolar, caminhar e principalmente a liberdade de movimentos. Mas é de extrema importância que o tratamento na água seja associado a fisioterapia no solo, pois assim conseguiremos um trabalho positivo para ambos.
Em alguns casos, a criança apresenta dificuldade no início da terapia devido ao ambiente desconhecido ou distanciamento da mãe/cuidador, sendo assim, é necessário que nas primeiras sessões o cuidador (mãe, pai, avô, babá ) entre na piscina. Mas, a medida que ocorre a adaptação a criança sente-se motivada e o horário da terapia acaba sendo um momento prazeroso e alegre devido as conquistas adquiridas. É importante a avaliação inicial fora da piscina para a partir daí serem traçados os objetivos a serem alcançados com o tratamento. Vale lembrar que cada indivíduo é único e cada um vai ter uma resposta diferente aos estímulos do tratamento.
Embora seja considerada uma patologia não progressiva, seus sintomas podem evoluir para deformidades que se tornam incompatíveis com a função ou até mesmo com a higiene, interferindo na qualidade de vida.
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