Triagem Funcional do Lactente: Pés, Quadris e Coluna no Primeiro Ano — O que Não Pode Passar Batido

 


O primeiro ano de vida é um período crítico para o desenvolvimento motor e postural do bebê. Alterações sutis nos pés, quadris e coluna, quando não identificadas precocemente, podem evoluir para comprometimentos funcionais significativos no futuro. É aqui que entra a triagem funcional do lactente, uma ferramenta clínica fundamental para fisioterapeutas pediátricos que desejam garantir um acompanhamento seguro e eficaz desde os primeiros meses de vida.

Pés: Muito Além da Estética

O posicionamento dos pés do bebê deve ser cuidadosamente observado já nos primeiros meses. Pés em adução, supinação exagerada ou sinais de pé torto congênito não podem ser encarados como “apenas uma fase”. A avaliação precoce permite diferenciar variações posturais fisiológicas de deformidades estruturais, orientando pais sobre estímulos adequados, posicionamento no colo e até mesmo o uso de órteses, quando necessário.

Quadris: O Papel da Detecção Precoce

A displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ) é uma das condições mais relevantes na prática pediátrica. O fisioterapeuta deve estar atento a sinais como assimetria de pregas cutâneas, limitação de abdução e diferença no comprimento dos membros inferiores. Testes como Ortolani e Barlow ainda são referência clínica, mas precisam ser associados à análise funcional durante os movimentos espontâneos do bebê. Quanto antes detectada, maiores são as chances de intervenção conservadora com sucesso.

Coluna: Alinhamento e Controle Postural

A coluna do lactente passa por mudanças rápidas ao longo do primeiro ano. Avaliar curvaturas fisiológicas, presença de escolioses posturais ou retrações musculares é essencial para garantir o desenvolvimento adequado da postura ereta. Situações como tortícolos posturais também impactam diretamente na simetria craniana e no controle motor, sendo um alerta precoce para intervenções direcionadas.

O Papel da Orientação Parental

Não basta apenas identificar as alterações. A fisioterapia pediátrica precisa incluir a família como parte ativa do processo, ensinando sobre posicionamentos no sono, tempo de bruços (tummy time), formas de estimular a rotação e a preensão, além de reforçar a importância de consultas regulares de acompanhamento.

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