Entenda melhor a fibrose cistica
Quando um fisioterapeuta trabalha com pediatria, tem algumas doenças que são recorrentes na prática clínica. Uma dessas doenças que estamos sendo cruzando é a Fibrose Cística. Ela é uma doença genética, geralmente diagnosticada na infância, embora também possa ser diagnosticada em outras fases.
Como as pessoas com essa doença tem um funcionamento anormal das glândulas que produzem o muco, suor, saliva, lágrima e suco digestivo, logo percebe-se que tem algo errado.
A pessoa portadora de fibrose cística tem um disturbio no pâncreas, órgão localizado no abdome que tem como função auxiliar na digestão dos alimentos e produzir hormônios. Assim sendo, enzimas digestivas do pâncreas são alteradas e podem dificultar a digestão dos alimentos, já que essas enzimas do pâncreas, que deveriam ajudar a digerir alimentos gordurosos, não são liberadas para dentro do intestino. Com isso, os alimentos (principalmente os gordurosos) são mal digeridos e as fezes podem ficar volumosas, espessas, fétidas e gordurosas.
Além desse problema pancreático, há o problema respiratório devido à obstrução das passagens de ar do pulmão pelo acúmulo de muco espesso e pegajoso.
Então, as pessoas com esta doença podem ter esses sintomas respiratórios:
- Tosse
- Expectoração excessiva de muco (catarro)
- Respiração difícil
- Chiado no peito (sibilância)
Essa patologia pode ser tratada com a busca da solução para os sintomas e deficiências causas pela própria. Também pode ser utilizada enzimas pancreáticas e modificações na dieta auxiliam na digestão.
Em relação à parte respiratória, na qual fisioterapeutas atuam de forma preventiva e curativa, onde há ou podem haver infecções respiratórias. Essas infecções respiratórias são freqüentes e caracterizam a doença. No início, infecções são causadas pela bactéria Haemophilus influenzae. Depois, podem começar a ter infecções respiratórias por Staphylococcus aureus e, mais adiante, por Pseudomonas aeruginosa ou por Burkholderia. Outros microorganismos também podem causar infecção e deterioração da situação do paciente.
O uso de broncodilatadores, medicações que deixam as secreções mais finas, exercícios aeróbios, drenagem postural e fisioterapia respiratória facilitam a saída do excesso de muco das vias respiratórias. Esta higiene das vias respiratórias melhora os sintomas da doença e faz com que as infecções respiratórias não sejam tão freqüentes. Em alguns casos, o oxigênio domiciliar pode ser necessário para a melhora da falta de ar.
Para saber se um recém nacido tem a doença é realizado o teste do tripsinogênio imunorreativo (TIR), um exame padrão para detecção da fibrose cística em recém nascidos. Um elevado nível TIR indica grande possibilidade de fibrose cística e requer exames adicionais.
Para saber se um recém nacido tem a doença é realizado o teste do tripsinogênio imunorreativo (TIR), um exame padrão para detecção da fibrose cística em recém nascidos. Um elevado nível TIR indica grande possibilidade de fibrose cística e requer exames adicionais.
Fisioterapeutas que tem crianças como pacientes com fibrose cística deve prestar bastante atenção na formação do muco e usar os diferentes recursos para elimina-los sempre.
Até a próxima!
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