Reabilitação motora infantil pelo CME
A mãe que precisa lutar ao lado do filho para melhorar o desenvolvimento motor do seu pequeno sabe o quanto é difícil a rotina de atividades. Sessões e mais sessões de fisioterapia e muito amor são apenas alguns dos ingredientes básicos dessa dia a dia.
Por outro lado, existem instituições à procura de novos métodos para fazer essa missão se tornar mais produtiva. O método de fisioterapia conhecido como Cuevas Medek Exercises (CME), por exemplo, é usado desde 2004, com exclusividade, pelo Centro de Terapia Infantil Moderna (CETIM), fundado e comandada pela fisioterapeuta Cláudia Rizzo.
O grande diferencial do CME são os exercícios, que não apenas estabilizam o quadro de desenvolvimento muscular e motor da criança (como na fisioterapia tradicional), como também proporcionam um aprendizado superior num período de tempo menor do que na fisioterapia convencional. Cláudia Rizzo foi a primeira a usar o método no Brasil e hoje é uma das únicas a possuir a formação avançada.
Embora altamente indicada para manter as funções musculares e motoras existentes, a fisioterapia comum não possui elementos que desafiem a criança a ir além e desenvolver as funções que estão ausentes em seu cérebro. Essa observação foi constatada pelo fisioterapeuta chileno Ramón Cuevas, que percebendo que não havia aprendizado ou evolução no quadro motor de seus pacientes, desenvolveu uma série de exercícios mais desafiadores para que as crianças respondessem aos estímulos e aumentassem o seu grau de desenvolvimento motor. Partindo dessa análise empírica, que demonstrou ganhos significativos em 75% dos casos, o fisioterapeuta criou o método Cuevas Medek Exercises ou CME.
O método é indicado para crianças que apresentam alguma disfunção motora. É o caso dos portadores de Síndrome de Down, paralisia cerebral e crianças prematuras que apresentam algum atraso no desenvolvimento motor. Enquanto a fisioterapia comum atua como facilitadora, o CME apresenta desafios e dificuldades que estimulam a criança a desenvolver novas habilidades, adicionando ganho motor a esse resultado. Como resultado, o método proporciona à criança a experiência da liberdade e da independência. "As tarefas expõem o corpo à força da gravidade, estimulando o cérebro a reagir com funções motoras ausentes", explica a fisioterapeuta Cláudia Rizzo.
O método se baseia em apoios distais – ou seja, evitando ao máximo o contato com mãos e braços, deixando a criança o mais livre possível e aumentando o grau de dificuldade. O treinamento é composto por mais de 600 exercícios, com sessões que duram em média uma hora. Os movimentos são executados com a ajuda de objetos especialmente criados para as tarefas requisitadas, como uma mesa ergonômica, caixas de madeira e tecidos. Antes de iniciar o tratamento, o paciente é avaliado pela fisioterapeuta para saber sua idade motora, indicando assim quais as especificidades e as primeiras metas que a criança deve alcançar.
E o papel dos pais é fundamental para o avanço dos pequenos. Por isso, a Clínica Terapia Infantil conta com um ambiente acolhedor, todo adaptado para facilitar a acessibilidade, em que os pais podem e devem participar das atividades com o fisioterapeuta. "A participação dos pais é muito importante para incentivar o filho e compartilhar com ele cada vitória", afirma a fisioterapeuta.
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